Um levantamento aponta que as pessoas que se apegam à fé, tem mais chance de conseguir abandonar vícios como o alcoolismo, por exemplo. Uma reportagem publicada pelo jornal Diário do Grande ABC, da Região Metropolitana de São Paulo, relata casos de pessoas que por anos foram dependentes e que após terem um encontro com o cristianismo, encontraram forças para se recuperar.
A região do ABC, segundo o levantamento, possui cerca de 5.800 pessoas que são dependentes de álcool ou drogas e que buscam atendimento junto às autoridades. Grupos cristãos que trabalham com recuperação de viciados, auxiliam no tratamento dessas pessoas, que após frequentarem um culto ou uma missa, renovam suas esperanças de se livrarem da dependência de álcool e drogas.
A força de vontade, coragem, persistência e desejo de viver são os motivos mais citados pelos entrevistados, que além de tratamento médico, recebem auxílio baseado na fé. “Eu me via abrindo a minha cova. Não sei o que acontecia. Sabia que estava fazendo mal comigo e com minha família, mas, mesmo assim, não conseguia seguir o caminho certo da vida”, afirma André, 27 anos de idade e há 4 meses livre da dependência.
André, atualmente passa por um tratamento numa clínica mantida pelo Padre Fernando Sobrereo, da Paróquia de São Judas Tadeu. O trabalho desenvolvido pelo padre atende 70 pessoas que passam por desintoxicação e recebem acompanhamento para serem reinseridas na sociedade, participando inclusive de grupos de autoajuda promovidos pela Pastoral da Sobriedade.
Segundo André, ele se tornou viciado quando era jovem, pois na escola sofria bullyng dos colegas: “como era muito magro e tinha 22 graus de miopia, era muito zoado na classe”, conta. Segundo ele, para ganhar respeito dos demais, passou a fumar e beber com os alunos mais velhos. “Depois disso foi só desgosto para a minha mãe”.
Sobre o trabalho desenvolvido com jovens como André, o Padre argentino Fernando Sobrero, que chegou ao Brasil em 1998, afirma que criar a Pastoral da Sobriedade na região foi a escolha certa: “essa foi uma maneira de a igreja criar métodos de ajuda de acordo com o tempo atual. Não tínhamos mais como fugir deste tema”. Os dados divulgados apontam que cerca de 1000 pessoas recebem o mesmo tipo de atendimento na região, em trabalhos mantidos por igrejas católicas e evangélicas.
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